Será afinal o século XXI a marcar o fim da raça humana no Planeta Terra? Alterações climáticas, danos irreversíveis, extinção de faunas e floras, pandemia. Será o planeta terra um ser vivo a tentar livrar-se dos parasitas que nele habitam? Eu era capaz de acreditar nesta teoria…
Vejamos, em 1960, começaram as preocupações com as alterações no clima, havendo já uma perceção de que as chuvas eram “estranhas”. Mas é apenas na década seguinte, em 1974, que a CIA estuda estas mudanças, dando ouvido aos cientistas da altura, e descobre um diagnóstico dramático. Este estudo alertou sobre o surgimento de uma nova era de clima instável, levando à agitação política e migração em massa (que, por sua vez, causaria mais inquietação).
Mas, argumenta o relatório, o mundo ignorou esse aviso (LOL!), pois a população global continuou a crescer e os estados fizeram investimentos maciços em energia, tecnologia e medicina.
No presente ano, 2021, a mudança climática global já teve efeitos observáveis no meio ambiente. Os glaciares diminuíram, o gelo nos rios e lagos dissipa-se mais cedo, as áreas de plantas e animais sofreram alterações e as árvores florescem mais cedo.
Os efeitos que os cientistas previram no passado, que resultariam na mudança climática global, estão agora a decorrer: perda de gelo marinho, aumento acelerado do nível do mar e ondas de calor mais longas e intensas.
Estamos a encaminhar o nosso planeta para uma chacina. Sim, chacina é o termo que melhor define o que está a acontecer no nosso planeta. E todos nós somos culpados, direta ou indiretamente.
Isto pode parecer conversa de ambientalista radical, mas não. Não me considero um revolucionário, apenas alguém que tem saído da “caixa” para espreitar e relacionar eventos que têm ocorrido mesmo diante dos nossos olhos que se revelam cada vez mais intensos.
Só no primeiro semestre de 2021, já vimos recordes de temperaturas acompanhadas por fogos florestais que dizimaram hectares, tempestades e cheias que varrem cidades, vulcões em erupção e desabamento de terras.
Estes acontecimentos levam à destruição maciça de habitats naturais, desalojados e morte.
Nas últimas semanas de 2019, vimos um país inteiro em chamas (Austrália) que, em apenas quatro meses, perdeu 8,4 milhões de hectares, mais de 1.300 habitações destruídas, 27 vidas humanas perdidas e, conforme estimativas da Universidade de Sidney, cerca de 1 bilhão de animais: tudo isto por um dos piores incêndios da sua história. Porquê? Seca extrema e calor intenso, causados nesta região pelas alterações climáticas.
Deixo aqui alguns dos acontecimentos que me deixaram preocupado e que me deixam inseguro do nosso futuro (atenção, algumas imagens podem chocar os mais sensíveis):
Fogos no Chipre – 07.2021
A ilha do Chipre, completamente desesperada face a um cenário assustador, pediu ajuda da União Europeia para o combate de um incêndio florestal que já deixou pelo menos quatro mortos. O diretor do Departamento de Fogos Florestais já aponta este fogo como o pior desde que há registos - “É o pior fogo florestal da história do Chipre”.
O calor extremo, a reduzida humidade do ar e o vento forte servem de combustível para as chamas fortes que já consumiram uma área de 50 quilómetros quadrados nos Montes Troodos.
Deslizamento de terras no Japão – 07.2021
Grande parte do Japão passa por uma temporada de chuvas, que provocam inundações e deslizamento de terras. De acordo com os cientistas, este fenômeno é agravado pela mudança climática, pois a atmosfera mais quente retém mais água e aumenta o risco e a intensidade das chuvas extremas.
Nos últimos anos, o país enfrentou recordes em várias inundações, com deslizamentos de terra, em diversos casos com um elevado número de vítimas.
Cheias e deslizamento de terras na Noruega – 01.2021
Cerca de meio milhar de pessoas ficaram retiradas dos locais onde vivem após um deslizamento de terras em Ask, devido à instabilidade do solo, no sul da Noruega.
As chuvas torrenciais e o degelo são as causas dos deslizamentos e das cheias que se fizeram sentir intensamente.
Vagas de calor nos EUA – 07.2021
A cada nova vaga de calor que atinge os Estados Unidos é quebrado o recorde de temperatura. No estado da Califórnia, em Junho de 2021, os termómetros atingiram os 59ºC.
As temperaturas extremas que se fizeram sentir, para além de proporcionarem fogos de grandes escalas, afetaram toda a produção agrícola devido às secas que se fazem sentir e provocaram também baixas humanas.
Efeitos do calor no oceano e todo o ecossistema
O aquecimento do oceano desencadeia uma série de efeitos secundários de grande impacto, como a subida do nível do mar, mudanças na salinidade, oxigenação e estratificação das massas de água, prejuízos à biodiversidade, interferência nos padrões de ventos e chuvas e intensificação dos episódios de clima extremo, como os tufões, entre outras consequências.
Estas mudanças atuam em combinação, potencializando os seus efeitos que afetam todo o planeta.
China – 2020/21
Como se não bastasse serem os prováveis culpados “criadores” da pandemia que abalou o mundo em 2020, a China, desde 2007, destaca-se todos os anos pelas altas concentrações de CO2 emitidas para a atmosfera.
Há registos de poluição em massa, cancerígena, 40 vezes acima do recomendável. Os maiores culpados são as indústrias automóvel e têxtil, contribuído assim para a maior concentração de CO2 em toda a história da humanidade.
Se continuar-mos a fechar os olhos às alterações que temos sentido nas últimas décadas, é possível que os nossos filhos e/ou os nossos netos nasçam com um destino traçado. Um futuro muito pouco promissor, repleto de doenças e em extinção. Não é isto que quero cá deixar para os meus sucessores. Pequenos pormenores diários podem mudar o rumo do nosso mundo. Juntos e conscientes, é hora de acordar, é hora de mudar!
Deixem os vossos comentários e opiniões, ajudem a partilhar a nossa preocupação. NÃO EXISTE PLANETA B !
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